sábado, 26 de fevereiro de 2011

Finalmente, uma Obra Patrocinada pelo Governo!

Secretaria Especial de Artes, Cultura e Propaganda da República Popular de Gaia
em parceria com o
Banco de Fomento à Prosperidade da República Popular de Gaia
e o
Ministério de Assuntos Extraordinários da República Popular de Gaia
de acordo com os benefícios da 
Lei de Patrocínio aos Autores de Obras Extraordinarias da República Popular de Gaia
e o 
Programa de Culinária de Ilga Jorobowski da TV Estatal de Gaia,
em associação com a
Empresa Pública de Filmes de Gaia
e o
Gabinete de Distribuição da Secretaria Especial de Artes, Cultura e Propaganda da República Popular de Gaia,
a
Rádio Educacional de Gaia,
o
Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável Sustenido do Governo da República Popular de Gaia,
contando ainda com o generoso apoio cultural da
Fundação do Governo da República Popular de Gaia,
do
Instituto de Desenvolvimento Humano, Comércio e Telecomunicações,
do
Comitê Especial para Assuntos Extraordinários da Subsecretaria do Ministério de Ensino da República Popular de Gaia,
e recursos da
Companhia Petrolífera de Gaia,
da
Gaia Energia,
da
Companhia de Correios e Telégrafos de Gaia,
e
TeleGaia - Empresa Pública de Telecomunicações,
orgulhosamente apresentam,
em conjunto com a
Central de Abastecimento de Gaia,
o
Banco Central de Gaia
e
Sorvetes Estatais Gaiato,
uma fabulosa obra somente possível com a ajuda de
Fundação Ilga Jorobowski - Primeira-Dama da República Popular de Gaia, 
da
Fundação Cacique Beiço-Frouxo,
e da
Camisaria Gaia - Empresa Estatal de Uniformes da República Popular de Gaia,
e, não menos importante, 
GAIAERO - Linhas Aéreas Estatais de Gaia,
Companhia Pública de Metropolitanos de Gaia - "Aqui nossos trens possuem tamanhos iguais, não importa a linha",
um texto de grande repercussão mundial  aprovado pelo
Conselho de Moral e Ética da República Popular de Gaia

"A Fabulosa Batalha de Xian Gaia"

Em 1978 2008, ano da ascensão do nosso iluminado guia, arqueólogos  camaradas do governo da República Popular de Gaia descobriram em Xian  Gaia,um fabuloso exército em terracota  ouro e pedras preciosas, aparentemente criado para o grandioso mausoléu do imperador Qin Shihuang  amedrontar o não menos impressionante grupo de insurgentes de barro da oposição ...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Churchill Revisto

I - Certa vez, Winston Churchill disse: "A maior lição da vida é a de que, às vezes, até os tolos têm razão".  Recentemente, Tiririca, o famoso palhaço representante do povo, atrapalhou-se diante das repostas possíveis: Sim, Não e Pular, e alegou ter votado errado.  Definitivamente Tiririca não é daqueles que aprendem a lição...


II - Ainda citando Churchill: "O melhor argumento contra a democracia é uma conversação cinco minuto com o eleitor médio." Isso foi no tempo dele, lá na Inglaterra.  Conversar cinco minutos com o eleitor médio brasileiro de hoje só serve para ficar sabendo quem saiu da casa do Big Brother.


III - O que eu mais gosto das citações de Churchill é o grau de sofisticação e intelectualidade delas.  Não, não me refiro às alfinetadas no socialismo, ou ao sarcasmo à democracia.  Refiro-me às alfinetadas na democracia e ao sarcasmo ao socialismo.  Como em: "Se você está atravessando o inferno ... continue indo", "A história será gentil para mim, pois pretendo escrevê-la" e a célebre: "Eu já tirei mais do álcool do que o álcool tirou de mim", provavelmente utilizada para se livrar do bafômetro da Blitz da Operação Lei Seca.


IV - Outro ponto interessante sobre Churchill é que podemos pegar qualquer frase e lhe atribuir a autoria.  Como por exemplo: "Nunca na História do nosso país a democracia esteve tão fortalecida" e a célebre: "Minha gente, não me deixe só!", aparentemente proferida para incitar os cidadãos da Rainha a enfrentar os ataques alemães com otimismo.


V - E existem aqueles casos onde a tradução não capta o trocadilho original e acaba gerando uma macarronada metafórica digna de uma canção do Seu Jorge.  Como em "Não passamos de minhocas. Mas acredito ser uma minhoca que brilha".  O original, "We are all worms. But I believe that I am a glow-worm...", seria algo como "Nós somos todos minhocas.  Mas eu acredito ser um vaga-lume".  Tá, mas onde está a genialidade disso?



quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Oscar 2011 - Crítica dos Filmes aos quais Não Assisti - Bravura Indômita

(Baseado nos Comentários da Internet)
  
Em cinema, a diferença entre estilo e clichê depende em boa parte do nome do diretor.  Para dar um exemplo, peguemos Rocky Balboa (ou Rocky VI) e Menina de Ouro.   O primeiro foi escrito e dirigido por Sylvester Stallone, o segundo por Clint Eastwood.  O primeiro foi considerado clichê, o segundo, um "soco no estômago" do velho Clint.  Relevaram neste filme, por exemplo, a disputa pelo título mundial de boxe feminino onde a oponente era uma ex-prostituta da ex-Alemanha Oriental que só jogava sujo e a família que visitava a filha no CTI de um hospital em Orlando carregando balões coloridos e chapéus do Mickey.
 
Os irmãos Coen, Ethan, Joel, Alex, Huey, Dewey, Louie e Danrley, requentaram o clássico de 1969 que deu o Oscar a John Wayne pelo papel do xerife "Rooster" Cogburn.  A graça da versão original estava exatamente na auto-paródia de John Wayne, algo semelhante a Charlie Sheen no seriado "Two and a Half Men". Aliado a isso, ficamos sempre na expectativa de assistir a uma versão de Fargo, estilo característico dos Coen que, de tanta repetição, virou clichê.  Ato contínuo, como há sempre um personagem esquisitão nestes filmes, a bola da vez é o xerife Rooster. 
 
É aí que reside o problema desta refilmagem: os personagens da grife Coen ficaram caricatos, principalmente Rooster.  Jeff Bridges, aliás, não interpreta o personagem, mas sim John Wayne de tapa-olho interpretando o personagem. A exceção ficou por conta da loquaz Mattie Ross - irritante nas duas versões.
 
No final, só não fiquei com a sensação de que esta refilmagem não acrescentou coisa alguma porque não assisti ao filme.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Oscar 2011 - Crítica dos Filmes aos quais Não Assisti: Cisne Negro

(Baseado nos Comentários da Internet)

Natalie Portman tem boa atuação neste filme que não se decide entre o terror, o drama ou um daqueles simpáticos filmes de superação. O ritmo é arrastado, ouvi dizer que nem as cenas de balé prestam.  O filme traz muitos clichês e um final surpreendente que não surpreende tanto assim.

Porém, o fato de investirmos cerca de 2 horas no cinema vendo algo enfadonho, e um tanto obscuro, faz com que tenhamos a obrigação de tecer uma crítica parabólica hiperbólica carpada sintética analítica para ao menos: primeiro, ter a sensação de que valeu a pena o investimento; segundo, disfarçar a ignorância por não ter entendido várias partes (meu caso, uma vez que não assisti ao filme).
 
Assim, digo que Darren Aronofsky justifica o sobrenome com um filme delirante e belo, onde Shakespeare se junta a Dostoievski para tomar umas biritas antes de visitar o amigo Tchaikovsky na tentativa de convencê-lo a não escrever Crepúsculo como continuação do Lago dos Cisnes.  É como um David Lynch andando de mãos dadas com George Romero sob as bençãos de Stanley Kubrick embalado pelo sax de Kenny G interpretando Viagem ao Centro da Terra de Rick Wakeman.