terça-feira, 30 de agosto de 2011

Opinião dos Leitores sobre "Banana-Figo"

Muito oportuna e clara a explanação sobre a tal banana-figo, artigo inexplicavelmente em falta nos mercados hoje.  Dra Drosofila Melanogaster.
 
Como assinante, após ler sobre a banana-figo concluí ser esta a publicação com melhor custo-benefício.  Sr. Salim.
 
Gostaríamos de manifestar nosso repúido ao autor da matéria ao associar figos a bananas. Família Figo, vizinha da Família Lima.
 
Gente kd o enter? Loura Burra.
 
Adorei ler sobre a Banana-Figo.  Saibam que todos os textos aqui publicados serão considerados pérolas da literatura no futuro. O Homem do Futuro, 2 de Setembro nos Cinemas.
 
O Brasil é a terra onde tudo dá, inclusive banana-figo. Nacionalista Enrustido.
 
Nos excluíram da matéria, por quê?  Preconceito? Associação dos Cajás, Mangas, Cajás-Mangas e Simpatizantes.
 
Gente é aki ? Ainda a Loura Burra.
 
 
O autor agradece tantas manifestações de apreço ao texto publicado e informa que as Bananas-figo serão enviadas para concorrer aos mais cobiçados prêmios da literatura brasileira.  O autor estuda ainda uma revisão não-autorizada da obra-prima da nossa literatura, Marimbondos de Fogo, criando as "Bananas-Figo de Fogo e Marimbondos".

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Banana-Figo por Saramago

Caso algum dia José Saramago houvesse escrito sobre a banana-figo, teríamos algo assim...
 
A banana-figo é uma banana, mas não é um figo, posto que, se figo fosse, chamar-se-ia figo e não banana, Complementarmente, o contrário também obedece a este anáfora: a um figo-banana, pressupondo obediência explícita ao critério de existência de tal fruta, não cabe o rótulo de banana, adjetivador de figo, uma vez que um figo-banana tratar-se-ia somente e tão somente de uma espécie de figo, jamais de uma banana adjetivada pela infrutescência do tipo sicônio, o figo, Contudo, Figo, grafado com inicial maiúscula, poderia ser nome próprio ou sobrenome de família, como no caso do jogador de futebol Luís Figo.  Neste caso e, seguindo o padrão britânico de gramática onde o adjetivo antecipa-se ao substantivo, poderíamos, pois, estar cometendo ofensa leviana ao taxarmos de banana, ou seja, indivíduo de pouca energia ou determinação, um banazola, o citado Figo, ressalte-se isto. Banana-figo refere-se à fruta, esclareça-se vez por todas, não sendo fruta o homem, apesar de figo, pois se todo figo é fruta, nada se pode dizer sobre o contrário, toda fruta é figo, homem ou não. Isto posto, sobre bananas e figos, esclareçamos, pois, em devido tempo, antes tarde do que nunca, como diz o ditado, que banana-ouro, por analogia, não se trata do mineral, apesar de figo, adjetivador de banana, também ser fruta, tal como a própria banana. Estendendo o raciocínio à banana-d'água chegamos, porém, a outra classificação de banana, não sendo esta composta de água, tal como a banana ouro ou prata não são recheadas pelos referidos metais, o que, caso fosse verídico, teria transformado a Bacia Platina em Bacia Banana-Platina, onde os cachos da fruta teriam substituído minas andinas exploradas pelos espanhóis. Neologismos à parte, nada se pode afirmar que de uma banana-figo retira-se figo, o nome deve tão somente à semelhança na cor entre a banana-figo e o figo, embora alguns tipos de figo fujam a esta classificação grosseira, bem como bananas, figo, ouro, prata ou d'água, nanica ou não, embora a este último grupo assomam-se as bananas de elevado tamanho, não recheio, o que nos leva a um paradoxo, onde uma banana, figo, ouro, prata e d'água, dado o tamanho, pode vir a ser grandemente nanica, o nanismo sendo um fator genético gerador de bananas, substantivo, não adjetivo.
 
A banana-figo, poderíamos apresentá-la como variedade de Musa sapientium, de pseudocaule consideravelmente alto, meia-dúzia de metros, 100 centímetros, 1000 milímetros, assim por diante, até o nada, mas ao dividir a altura do pseudocaule de uma Musa sapientium por nada, teríamos, ei-la, uma prova de que o nada é o tudo, o menos infinito encontrando o mais infinito, comprovando a observação de Pascal de que o problema humano é estar limitado a uma pequena área no meio da escala de percepção das coisas do universo. Contudo, por clareza de discurso, limitemos a altura do pseudocaule da bananeira-figo, chamemo-la desta forma simplificada, em seis metros, entregando as digressões filosóficas a quem de direito se interessar. Sobre a banana-figo, flexionada bananas-figo ou bananas-figos, ensinemos aos putos, descravamo-la como de casca violácea e polpa branco-amarelada, creme, definamos, muito embora cada indivíduo perceba creme de forma distinta, cabendo-nos a pergunta do que seria a realidade, ora, se o verde de um não é exatamente o verde de outro, o que garante que não seja, em essência, azul a cor do objeto observado?  Esta apresentação da banana-figo, é forçoso admitir, estaria incompleta caso nada fosse mencionado a respeito da mãe, ou do pai, pois a musa da banana-figo, permitam-me a infâmia com a árvore da fruta, possui flores unissexuadas, o que põe em dúvida o gênero.  A musa, além de inspiradora, apresenta-se como uma herbácea rizomatosa de pseudocaule ereto, ou levemente tombado, há que se admitir, com predominância para o lado sinistro, sendo que os percentuais, sinistro ou destro, deixo para zelosos pesquisadores que venham a se aventurar por este tema.  É desta mãe, musa, que surge a baga de notável comprimento, de onde, por fim, virá a amadurecer os cachos de centenas, milhares de bananas-figo, cujas propriedades de cura são de conhecimento popular...