I. O menor que delatou o crime foi apreendido. No início achei estranho esse termo, apreendido: acredito que um jornalista tenha colocado dois verbos para Paul escolher, prender ou apreender, tendo o polvo escolhido o segundo. Todos em seguida copiaram a escolha da mente-mor da humanidade.
II. Cada declaração do menor apreendido é imediatamente transmitida para o Datena. Em seguida, centenas de policiais são mobilizados para os locais indicados pelo menor apreendido, acompanhados por um batalhão de câmeras. Até agora todas as indicações do menor apreendido deram em água: talvez uma hora ele acerte (Paul já teria desvendado o caso).
III. O advogado de Bruno ainda não recebeu a transcrição do depoimento do menor apreendido. Pô, acesse o google aí, seu "devogado"! Esse negócio de Correios não funciona não.
IV. Estão todos fazendo DNA no sangue do carro, na saliva, mas ninguém consegue confirmar se a paternidade do bebê é realmente do goleiro. Paul já teria descoberto.
V. Até o momento o caso está assim: Bruno executou Eliza Samudio, deu a carne para os cães e concretou os ossos. Depois voltou para o sítio para beber cerveja. Tudo comprovado pelo depoimento do menor apreendido e por Paul, que não escolheu a caixinha com macarrão.
VI. É possível condenar sem encontrar o corpo, mas para isso são necessárias evidências. Descobri agora que, dado que um rotweiller só consegue comer cerca de 9Kg de carne e os ossos concretados não foram encontrados, o corpo de Eliza só pode ter sido queimado. A lógica é semelhante à utilizada pelo Monty Python no filme "O cálice sagrado" para confirmar casos de bruxaria, mais ou menos assim: bruxas queimam, madeiras também queimam. Madeiras flutuam, gansos também flutuam. Logo, se a pessoa pesar o mesmo que o ganso, comprovaremos que ela flutua, o que indica que ela é madeira que queima tal como bruxa.
Com uma investigação assim, o melhor advogado de Bruno é o próprio delegado do caso.
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